Santiago: minha viagem slow travel pela capital chilena

Santiago: minha viagem slow travel pela capital chilena

Infelizmente começo esse post com uma notícia muito triste: todas minhas fotos e vídeo eu acabei perdendo devido ao meu iPhone. Porém acho mais válido pensar que agora tenho outro motivo para voltar à Santiago... Na verdade por ser a minha segunda vez em Santiago, foi possível mudar minha primeira impressão da cidade... Acredito que a cidade pode ter mudado, mas a maior mudança foi em mim mesmo.  Mudei tanto que aquele Thiago que percorria uma cidade inteira em 24h, tornando uma viagem extremamente fotográfica, não existe mais. Aprendi a curtir o tempo, o momento e, sendo assim, absorvendo um pouco mais do que a cidade tem à mostrar para cada um... Sentir a sua essência sem pressa de ser feliz... Tudo no seu tempo.. No seu ritmo! Slow travel é isso! Sem pressa, sem compromissos marcados..


Voltando a falar do meu regresso para capital do Chile, aproveitei uma promoção da GOL Linhas Aéreas pagando R$ 772,49 saído de Florianópolis. Normalmente, quando eu compro uma passagem para o exterior, sempre opto pelos voos diretos saindo de Guarulhos, pois acabam sendo mais baratos ao invés de comprar todos os tíquetes desde Florianópolis e o trajeto Floripa x Guarulhos sempre obtenho por milhas. Logo, por esse preço e dólar nas aturas (4 reais/1 dólar) e saindo de Florianópolis (na ida só é necessário despachar as malas em FLN e só as retiras em Santiago) valeu super a pena!


#Voo G3 7662 GRU x SCL + G3 7663 SCL x GRU O voo da ida, saindo de São Paulo – Guarulhos (GRU) decolou com meia hora de atraso. O embarque foi tranquilo e o atraso foi devido ao aguardo de quatro passageiros que foram barrados na imigração. Não posso reclamar sobre, pois quando estava eu saindo da Colômbia para Equador me passou o mesmo e a LAN me aguardou. O voo é operado pela brasileira GOL com moderno Boeing 737-800. A tripulação não era nada gentil, mas tentava. O que difere para um vôo domestico é que é servida refeição completa: água/suco/café/refrigerante (2x) + massa ou frango c/ arroz + pão + manteiga + sobremesa. Na ida a sobremesa era brigadeiro e, na volta, algo como mousse. Para quem quer conforto, existe a opção de escolhe o assento confort, mas nada como cabines executivas. Não há também entretenimento a bordo, somente a revista GOL. Na volta a equipe foi mais prestativa e amigável e as opções de comida foram às mesmas. Eu retornei em um assento da saída de emergência, o que era muito mais espaçoso. Retornei no mesmo Boeing, porém em um avião mais velho. Os assentos de saída de emergência são os de número 15 e 17. Evite a fileira de número 14, pois essa não reclina. Ah, sobre ver a Cordilheira dos Andes: na ida, sente do lado direito, e na volta, o esquerdo. Claro que depende do tempo e da rota do voo, mas se der tudo certo, essa é a vista:



Inesquecível! Já vale pela viagem...


#Dia 1 Cheguei ao aeroporto na madrugada da sexta-feira. Por ser feriado de Fiestas Pátrias (feriado da independência chilena) estava tudo fechado. Claro que mesmo não sendo feriado é bem provável que as opções para alimentação estejam limitadas. MAS, os postos de gasolina (estación de servivio) possuem postos de conveniência abertos 24h. Foi o que salvou. No dia seguinte acordei, tomei café colombiano (estava hospedado na casa de um amigo colombiano residente em Santiago) e saímos no final de tarde para conhecer as Fundas. Mas antes fomos ao... 



Vista panorâmica desde o topo do cerro Santa Lúcia.


@Cerro Santa Lúcia Então, fomos ao Cerro Santa Lúcia. É o segundo maior “morro” da cidade e tem vistas maravilhosas da cidade e foi o primeiro ponto da conquista contra os índios mapuches e fundação da cidade! A subida pode ser um pouco cansativa, pois há muitas escadas, porém é indicado parar nas praças que há no caminho. Então, você pode subir por partes e parar para curtir o entorno. Antes de subir no ponto alto, pare e tome o Monte com Huesillos, uma bebida que mistura milho, pedaços de pêssego e suco de pêssego. Para nós, brasileiros, é um pouco estranho (mas gostei do sabor do suco), mas os chilenos piram. O único ponto negativo é que lá no ponto mais alto, é meio estreito. Então, pode ser que haja muita gente por m², atrapalhando um pouco suas fotos.



Eu em 2012 experimentando pela primeira vez a bebida típica. E minha percepção sobre a mesma não mudou muito... hehe



Em 2015, em frente a entrada principal.


#Dia 2 Acordamos cedo, pois iríamos pegar estrada. No fim das contas, saímos meio-dia de Santiago. Paramos para abastecer seguimos para região conhecida como Cajón del Maipo.


@Cajón del Maipo Região popular para o santiaguinos, pois é rica em restaurantes com comidas típicas e caseiras, como também para aventuras na natureza (acampar, passar o dia com piquenique, andar de cavalo, escorregar na neve e etc.). Para chegar à região, existe a opção de tomar um ônibus até San José del Maipo. De lá, deverá ter opções para deslocar para pontos turísticos. Porém, gosto de lembrar que é tudo muito longe. A estrada geral que sai de Santiago de chama “Camino al Vulcan” ou pelo número G-25. Como pode ver no mapa, as distancias são longas. No trajeto percebi que havia ônibus azuis que paravam durante o trajeto para pegar os passageiros (locais). Como eu estava no carro do meu amigo, foi tranquilo. Sei que há algumas agencias de viagem em Santiago que oferece variados passeios pela região. A estrada para San José del Maipo e região são de pista simples, porém bem asfaltadas. Eu tive a experiência de dirigir e super aprovo. Como já dito, a cidade que serve como base para turistar, San José del Maipu, é pequena e tudo está concentrado na praça central. Foi nessa praça que encontrei a melhor empanada chilena por CH$ 1.000. Experimentei Napolitano, Queijo e Pino + queijo. Pino é uma mistura de carne com cebola. Nessa mesma praça você pode se divertir e jogar tênis de mesa e até pebolim. Para as crianças, há uma cama elástica. A hora do brinquedo custa no máximo mil pesos chilenos. De Santiago é San José del Maipo demora cerca de 40/50 minutos. 


@Embalse El Yeso Já estando na avenida Camino al Vulcan, passando a entrada para San Gabriel, você entrará na próxima a esquerda em direção ao EMBALSE EL YESO, que é um lago que serve como uma represa que abastece toda Santiago e, ao seu lado, há sistemas de bombeamento juntamente com uma estação de tratamento de água (ETA). O seu abastecimento é proveniente do derretimento do gelo no verão e também nascentes das montanhas ao redor. Eu tinha batido VÁRIAS fotos e feitos vídeos da estrada, porém perdi tudo.. A estrada de acesso é íngreme e chão batido. Por incrível que pareça ainda havia neve e só conseguimos chegar bem próximo do lago, pois o gelo começou a tomar conta da estrada. Desde a avenidaCamino Al Vulcan até o Embase elYeso é um trajeto de aproximadamente meia hora, porém a vista é espetacular! Esse vídeo no YouTubede dá uma noção da estrada.



Precisa de legendas?



Brincando na neve.. E quase queimei a mão. 



E essa foi pro instagram!


#Dia 3 No terceiro e ultimo dia inteiro na cidade, fui conhecer o maior edifício da américa latina:  


@Costanera Center Além de ter salas comerciais, o edifício conta com o mais moderno shopping da capital. Inaugurado em 2012, o Costanera inova em tecnologia e opções para o cliente. Além também de te salvar caso necessite cambio em domingo e feriados. O shopping conta com ampla praça de alimentação, área gourmet com ótimos restaurantes e área externa para apreciar Santiago. MAS o must see mesmo é o SKY COSTANERA, um mirante no topo do edifício. Para subir é necessário efetuar o pagamento na bilheteria que está localizada no “térreo” do shopping. Após efetuar o pagamento (estudantes tem preço diferenciado), você entra em um elevador que percorre em 45 SEGUNDOS os 65 andares. O mirador é composto por dois pisos, sendo o último descoberto. A vista é sensacional... Parece que você está jogando Sin City. #DICA para tirar as melhores fotos, perceba que a primeira linha de vidros não possui uma película mais escura, melhorando as fotos. Infelizmente para fotos noturnas não pode ser muito boa. Se vale a visita? Muito.



Vista desde o Sky Costanera. Crédito: amigo Fhillipy Bosqui.



Meu amigo Leonardo, colombiano de Pereira, junto comigo no tpo de Santiago.



O segundo piso do mirador sem cobertura! Crédito: amigo Fhillipy Bosqui.



Sky Costanera. Crédito: amiga Érica DAlencar.


@Parque Quinta Normal Localizado ao sul de Santiago, o parque é um dos maiores da cidade (tem até um canteiro com palmeiras, parecida com a do jardim botânico do Rio de Janeiro - mas em escala menor). Com amplo espaço verde, lago artificial e museus (Nacional, Ferroviário), possui um ponto estratégico: ao lado do Museu dos Direitos Humanos e a estação de metro “Quinta Normal” fica literalmente no portão de entrada ao parque. Desde que fui a primeira vez para Santiago já havia gostado do lugar. Fui em um domingo e percebi que é um local que os santiaguinos adoram ir com suas famílias, pois é possível pedalar tanto pelo parque como também dentro do lado artificial... E o show dos jatos de águas onde as crianças se refrescam? Fiquei com super vontade de fazer um piquenique por lá!



Quinta Normal ao fim do dia!



Museu Nacional: dentro do parque. 


@Plaza de Armas A foto de capa dessa postagem é de um contraste que me chama muito atenção: o antigo versus o novo. A Catedral Metropolitana versus o moderno edifício comercial com pele de vidro. Eu gosto muito da vibe da praça central de Santiago... Das praças da América do Sul é a que mais gosto! Há opções de café (algo meio europeu), possui boa segurança, há turistada em massa, opções ótimas de FREE WALKING TUORS, movimentação, velhinhos e tudo que tem direito. É uma praça no coração de Santiago que não perde sua essência. O tempo não parece voar ali.


Na verdade, em Santiago, você não sente o tempo passar mesmo. Ou foi a minha slow travel que me deixou assim? Só voltando pra saber.

29/09/2015

Thiago Luiz, 32 anos. Um apaixonado por cidades que ainda não esteve e pelas pessoas que ainda não conheceu.

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