Santiago: Fiestas Pátrias – a festa da independência chilena.

Santiago: Fiestas Pátrias – a festa da independência chilena.

Antes de chegar às famosas Fundas, encontrei um casal de brasileiros no Cerro Santa Lucia, no centro de Santiago. Estava estampado em suas caras que eles não estavam muito felizes com a viagem e imaginei que seriam as fiestas pátrias. E foi isso mesmo! Após trocar umas palavras, fiquei sabendo que eles estavam chateados por encontrar a cidade com seu comercio fechado. Os dias 18 e 19 de setembro são considerados importantes feriados para os chilenos: a primeira data é referente à independência e, a segunda, sobre as forças armadas. Então, são como o feriado do dia do trabalho (1º de mao). E se possível, emendam um feriadão. 


O que abre? Cambio somente no Costanera Center. Restaurantes somente em áreas gastronômicas, em shoppings (Pátio Bellavista, Costanera Center) ou em bairros bohemios, como o Lastarria e Bellavista. Quando eu cheguei na madrugada do dia 18 comemos em um posto de gasolina. No Chile, todo grande posto de gasolina possui um loja de conveniência bem completa, onde é possível matar a fome tranquilamente 24h por dia, 365 dias do ano. O metro de Santiago só funciona em até meia-noite. Maiorias dos pontos turísticos estão abertos.


O que fecha? Subways, McDonalds, supermercados, câmbios de áreas centrais, maioria dos restaurantes, bancos e serviços em geral. Após esses dois dias de feriado (18 e 19), no dia 20 aparenta já ter mais opções para comer e até supermercados abrem, mas nem todos. 


@Fundas A festa tradicional chilena que se chama Fundas (também chamada de Fiesta Dieciochera), na verdade parece muito com nossa festa Junina/Julina. É o resgate das tradições chilenas, nas suas danças e comidas. A maioria das praças da cidade é fechada e são montadas estruturas para o evento. Então, opções não faltam. Fomos para a funda no bairro Providencia (um dos bairros mais nobres). Segundo meu amigo, uma das melhores fundas é nessa praça chamada de Parque Inés de Suárez, pois é um povo mais seleto.



Corredor com as feiras de artesanato.


Por sinal, essa praça aparenta ser ótima no dia-a-dia, com grandes áreas verdes e espaço para as crianças brincarem nos parquinhos. A entrada custou CH$ 4.000 (em torno de 24 reais) e haviam: feiras de artesanato, vários quiosques com bebidas (algumas que somente vendiam “terremoto” (melhor que o oferecido pelo tradional "La Piojera" no centro de Santiago), “mote com huesillos” e cervejas artesanais). Há uma “praça de alimentação” com mesas e cadeiras, mas o que o povo faz é sentar na grama e jogar papo fora.



Eu e o famoso "Terremoto": bebida tradional chilena e amada por todos. Feito com vinho branco e sorvete de abacaxi.



Choripán e as empadas chilenas! Uma delícia!


Também foi montado um palco para shows (estrutura digna de show nacional) e havia outro espaço fechado para a dança típica chilena, a Cueca (casais dançam e giram um lenço no ar). Esse link do Youtube mostra como é: Link 1 CNN CHILE 



Apresentações típicas no meio do parque.


As bebidas custam em torno de CH$ 3.500 e as comidas em torno de CH$ 2.500. Ficamos até acabar, meia-noite.



Praça de Alimentação no centro do parque.


As fundas estão abertas ao público todos os dias no feriado e estão espalhadas por todo o país E o clima na funda que participei não poder ser a melhor! O povo chileno sabem bem aproveitar e idolatrar suas pátria... Um evento super família, sem aquela muvuca que nós brasileiros adoramos fazer. O Chile, por ser um país conservador, se comporta muito em eventos públicos. Brigas? Confusão? Gritaria? Onde??? Super indico esse momento cultural.


Obs: A maior de Santiago está no Parque Bernardo O’Higgins. A entrada é franca e o melhor dia é no dia 19, pois há apresentações das forças armadas chilenas com direito a esquadrilha da fumaça. Porém, por ser gratuito e ser um dos maiores, te prepara para a muvuca. Meu amigo foi e não gostou muito da experiência.


E se me perguntarem se eu gostei? Uma imagem fala mais que mil palavras! 



Feliz com meu terremoto na mão!

28/09/2019

Thiago Luiz, 32 anos. Um apaixonado por cidades que ainda não esteve e pelas pessoas que ainda não conheceu.

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