<i>Andaluzia: antes, uma parada em Madrid</i>

Andaluzia: antes, uma parada em Madrid

Meu voo para a Espanha saiu de Salvador, operado pela companhia Air Europa, direto para a cidade de Madrid. Voo partiu de Salvador as 21h32 e chegou ao destino final às 11h12 do dia seguinte, perfazendo aprox. 08h20 de voo. Operado por um Airbus A330, esta aeronave me mostrou uma fragilidade da companhia que até então não conhecia, visto que minha última experiência foi totalmente diferente (voando de 787-Dreamliner desde Guarulhos ano passado). 


O que mais me chateou foi o fato que tal aeronave não possuía entretenimento de bordo (obrigado Apple pelo iPad mini) e haver somente 4 banheiros disponíveis (contra os 6 do Dreamliner - com o mesmo número de assentos). E sempre fico impressionado com o estado que ficam os banheiros do avião, pois fico me questionando se foram seres humanos que estavam voando comigo. Ah, pra piorar, uma mulher extremamente mal educada derrubou vinho em mim e não foi sequer capaz de se desculpar! 


Apesar de sempre escutar que a migração espanhola é terrível, passei sem nenhum questionamento. A Air Europa opera no antigo terminal 1 do Aeroporto Barajas, no qual predomina-se seus voos. Para transitar nos demais terminais, você pode ir caminhando até o terminal 3 ou pegar o shuttle bus até o moderno e estupendo terminal 4. Meu destino era a casa de Camilo, meu couchsurfer, em Madrid. Diria até ser um anjo, pois estava impossível achar hospedagem - inclusive hostel - para a minha noite em Madrid, pois era final de semana da Champions League na cidade. E no Couchsurfing também estava como achar uma agulha no palheiro.


No próprio aeroporto, nos terminais de 1 ao 3, você pode pegar o sistema de metrô ou de trem, o Cercanias (atentar que o preço, tempo e destino podem ser diferentes ao do metrô). Eu optei pegar a linha 8 do metrô desde a estação "aeropuerto T1-T2-T3". Optei pelo ticket de 2 dias de turista (para metro, cercania dentro da cidade, ônibus…) por EUR 14,20, pois quando você compra uma passagem única de ou para o aeroporto, te cobram uma taxa a mais, que fazendo contas rápidas na hora, conclui que seria melhor comprar o cartão de turista (ficaria mais barato para mim o de um dia, mas quem imaginaria que os pais de Camilo me levariam para o aeroporto no dia seguinte?)


Aliás, foi no próprio aeroporto, no caminho da estação de metrô, que encontrei um quiosque da Orange, onde comprei um chip de dados de 7GB por 15 euros. Descobri que 7GB são poucos para este blogueirinho (de merda, rs) que lhes escreve, pois precisei refazer uma recarga de 10 euros na própria loja da Orange para ter mais 7GB, mas o bacana que com a recarga veio um bônus de 10GB!


Estação de metrô no aeroporto Madrid Barajas


Fui até a casa de Camilo tomando o metrô desde o aeroporto até a estação Laguna, onde Camilo me esperava. Chegamos no apartamento de Camilo, que ofereceu seu próprio quarto para me hospedar, conheci sua irmã e, como estava faminto, só foi o tempo de trocar de roupa e batermos o pé. O apartamento era numa área residencial e super agradável, com uma grande praça entre a estação Laguna e seu prédio. 


 


Fomos em direção ao centro de Madrid para buscar algo em conta para comer, precisamente um menu tipicamente espanhol (e muitas vezes econômico), que é comporto por: primeiro prato, segundo prato e sobremesa! Ah, e com bebidas incluídas (pode ser água, tinto de verano, refrigerante…) no preço único. Vale também dizer que sempre terá uma cesta de pães com azeite e/ou manteiga, porém paga-se a parte, aprox. de 0,50 a 1 euro por pessoa.


Chegamos a Plaza Mayor e fomos a uma praça ao lado, a Plaza de la Provincia, onde escolhemos o restaurante LEÓN V, que tinha opções para o menu bem atrativas. O preço do menú foi de EUR 9,45 para cada. Escolhi para o primeiro prato uma paella mista, de segundo carne com purê de batata e, de sobremesa, profiterolis! Estava um delícia e gostei do ambiente e atendimento. Eles possuem mesas externas e um segundo andar com sacada. 


Seguimos caminhando até a praça de Cibeles, onde encontramos a  Palácio de Linares, integrante do conjunto Casa América, um instituto público que une a cultura espanhola com a latina. Quando chegamos, sua fachada estava exibindo um grande poster sobre uma exposição relacionando ao Brasil. sendo Entretando, entramos e nos foi informado que a entrada estava sendo por trás do edifício, onde teríamos que contornar a quadra. Na verdade a entrada estava sendo feita pelo fundos pelo Jardín América, que também era um dos acesso para o restaurante (elegantérrimo) Raimunda.


A exposição referente a cultura brasileira já havia terminado e foi substituída por uma com tema mexicano. O mais bacana? Havia, ali no jardim - também integrante da Casa América, um banheiro, também elegantérrimo, que era aberto tanto para o restaurante quanto ao público do complexo. Então, fica aqui a dica para um banheiro "público", gratuito e de ótima qualidade! E, por sinal, voltaríamos novamente para usá-lo mais tarde.



Fotos dos quadros de exposição mexicana


O estômago estava pesado e fomos atrás de um lugar para sermos espanhóis, digo, para fazer a siesta! Nada melhor que irmos ao icônico Parque El Retiro. O enorme parque central possui muita água (lago central no qual podes alugar um barquinho e remar)  e "sombra verde". Foi nesta sombra que eu e Camilo deitamos e tiramos um cochilo. Como sempre, o parque bomba e estava cheio, com direito a banho de sol de muitos jovens, pois o verão europeu já estava batendo na porta!


Parque El Retiro


Levantamos e fomos até a loja da Decathlon, pois, como não havia trago toalha para usar na casa do Camilo, fui atrás de uma com secagem rápida. Passamos também na maravilhosa Primark, onde sempre encontro alguma camisa bonita por poucos euros (13, para ser exato). 


E o dia terminou, ou melhor, o sol se pôs próximo das 21h e estávamos esperando começar o show do Dimitri Vegas na Praça Puerta del Sol, com um palco montado para a semana de eventos, com diversos shows sendo patrocinado pela Champions League. Meus pés, a essa hora, já estavam mortos, visto que estava praticamente virado, com fuso trocado e louco por um banho e cama. Como Camilo estava muito animado com seus amigos, resolvi sentar em algum lugar para comer ali mesmo, enquanto o show não terminava. Fui ao Rodilla, famoso por ser um "fast food" gourmet, onde o carro chefe são sanduíches frios de pão fatiado com diversos recheios salgados, incluído o tradicional queijo com tomate e jamón ibérico e vale destacar também pelos doces! Comprei 4 sanduíches frios, bolo de cenoura e uma garrafa de água por EUR 8,70. E, no fim do dia, encontrei, coincidentemente, com um amigo que fiz na minha viagem para a Beijing em 2018, o egípcio/francês Michel! 


Puerta del Sol decorada para Champions League


Fim do show, fim do dia e retornamos a casa de Camilo. Despertaria super cedo para pegar o voo para Nerja, primeiro destino Andaluz! E, para surpresa, seu pai se ofereceu para me levar ao aeroporto às CINCO DA MANHÃ! Camilo - um menino com muitos sonhos e que tem desejo pelo mundo - e sua família, que moram em Madrid desde que Camilo tinha menos de 1 ano, são os típicos colombianos: super amáveis, fãs de brasileiros e com coração enorme! Não tinha como não ser melhor minha estadia com eles em Madrid, como também, começar mais uma viagem maravilhosa! Hasta pronto!


Camilo e seu pai me deixando no aeroporto

20/08/2019

Thiago Luiz, 32 anos. Um apaixonado por cidades que ainda não esteve e pelas pessoas que ainda não conheceu.

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